Formação em Psicanálise

ESBOÇO GERAL DO CURSO DE FORMAÇÃO EM PSICANÁLISE

O curso de formação em Psicanálise da Escola Aberta do Inconsciente oferece uma experiência aprofundada e dinâmica para aqueles que desejam se dedicar ao estudo e à prática da psicanálise. Com acesso a 25 módulos de seminários clínicos voltados para a obra de Jacques Lacan, os participantes têm a oportunidade de explorar detalhadamente os conceitos fundamentais do pensamento lacaniano e sua aplicabilidade na clínica contemporânea. Além disso, o curso conta com três encontros ao mês que abordam temáticas diversas relacionadas às várias linhas teóricas da psicanálise, promovendo um diálogo amplo e enriquecedor entre diferentes perspectivas. Como parte essencial da formação, os participantes também têm a possibilidade de participar de uma supervisão coletiva mensal, um espaço privilegiado para a troca de experiências e a elaboração de questões clínicas, sempre com o suporte de profissionais experientes. Dessa forma, a Escola Aberta do Inconsciente propõe um percurso formativo que alia teoria e prática, garantindo uma formação sólida e reflexiva para aqueles que desejam aprofundar-se na psicanálise.

SEMINÁRIOS CLÍNICOS DO PERCURSO DE FORMAÇÃO EM PSICANÁLISE DA ESCOLA ABERTA DO INCONSCIENTE

A proposta de um curso de formação em psicanálise baseado na obra de Jacques Lacan deve seguir um percurso rigoroso, levando em consideração a complexidade de seu ensino e sua progressão teórica ao longo dos seminários e escritos. A estrutura do curso deve permitir uma imersão gradual nos conceitos fundamentais da psicanálise lacaniana, desde sua releitura de Freud até o desenvolvimento de suas próprias formulações sobre o sujeito, o desejo, a estrutura da linguagem e a clínica psicanalítica. Assim, um programa de 25 módulos, a começar por um bloco introdutório de dois encontros propedêuticos, pode ser concebido de forma a cobrir os principais momentos do ensino de Lacan, dividindo-se em quatro grandes eixos: fundamentos da psicanálise lacaniana, a estrutura clínica da psicanálise, o simbólico, o imaginário e o real, e a clínica do sintoma e do gozo.

O primeiro eixo, dedicado aos fundamentos da psicanálise lacaniana, é essencial para situar os participantes no contexto teórico de Lacan e compreender sua proposta de retorno a Freud. Iniciamos com uma introdução geral ao pensamento lacaniano e à sua crítica às leituras adaptativas da psicanálise. O primeiro módulo explora o Seminário 1, onde Lacan relê os escritos técnicos de Freud e reformula a noção de transferência, destacando sua relação com o desejo e a posição do analista. O segundo módulo aprofunda as discussões do Seminário 2, abordando a crítica à Psicologia do Ego e a centralidade do significante na constituição do sujeito. No terceiro módulo, o Seminário 3 é analisado para desenvolver a teoria da psicose e do Nome-do-Pai, trazendo uma importante diferenciação estrutural entre neurose e psicose. No quarto módulo, o Seminário 4 apresenta o conceito de objeto a e a lógica do desejo, permitindo um avanço na compreensão do papel do objeto na economia psíquica do sujeito. O quinto módulo é dedicado ao Seminário 5, no qual Lacan elabora a relação entre o significante e a constituição do sujeito, explorando as estruturas discursivas e sua função na determinação do inconsciente. Fechamos esse primeiro eixo com o Seminário 6, onde a interpretação do desejo ganha centralidade e se torna fundamental para a prática analítica.

O segundo eixo aprofunda a estrutura clínica da psicanálise e suas implicações técnicas. O sétimo módulo aborda o Seminário 7, trazendo a discussão sobre a ética da psicanálise e o estatuto do desejo na direção do tratamento. O oitavo módulo se debruça sobre o Seminário 8 e a dialética do amor e do desejo, explorando sua implicação no fenômeno da transferência. No nono módulo, o Seminário 9 é trabalhado a partir da noção de identificação, analisando como o eu se estrutura no campo do imaginário e do simbólico. O décimo módulo se dedica ao Seminário 10, que introduz a função da angústia e o conceito de objeto a como operador da clínica. No décimo primeiro módulo, estudamos o Seminário 11, fundamental para a psicanálise, pois apresenta os quatro conceitos fundamentais: inconsciente, repetição, transferência e pulsão, articulando o desejo do analista na prática clínica. O décimo segundo módulo finaliza este eixo com o Seminário 12, explorando a repetição e a função do significante na reconfiguração subjetiva.

O terceiro eixo é dedicado às articulações entre o simbólico, o imaginário e o real, aprofundando o ensino de Lacan na segunda metade de seu percurso teórico. O décimo terceiro módulo traz o Seminário 13, onde Lacan elabora a relação entre o real e a escrita do inconsciente, estabelecendo um deslocamento importante na clínica. No décimo quarto módulo, estudamos o Seminário 14, onde a lógica da fantasia ganha destaque, permitindo uma reavaliação da estrutura do desejo. O décimo quinto módulo se dedica ao Seminário 15, analisando a relação entre o significante e o gozo, trazendo novos elementos para o entendimento da clínica do sintoma. No décimo sexto módulo, o Seminário 16 é abordado para explorar a passagem do Outro ao sujeito barrado, momento fundamental para compreender o discurso capitalista e a mutação do lugar do sujeito na contemporaneidade. No décimo sétimo módulo, o Seminário 17 é examinado em sua formulação dos quatro discursos e suas implicações clínicas, situando o discurso do analista no campo da estrutura. O décimo oitavo módulo fecha este eixo com o Seminário 18, que apresenta o conceito de não-todo e a lógica do gozo feminino, reformulando a teoria das estruturas clínicas.

O último eixo do curso se concentra na clínica do sintoma e do gozo, levando a psicanálise lacaniana a suas consequências mais contemporâneas. O décimo nono módulo é dedicado ao Seminário 19 e ao conceito de sinthoma, articulando-o à clínica borromeana. No vigésimo módulo, o Seminário 20 é analisado a partir da noção de lalangue e da materialidade do significante, trazendo novas perspectivas para a escuta analítica. O vigésimo primeiro módulo trabalha o Seminário 21 e a relação entre o gozo do Outro e a posição do sujeito na análise, permitindo uma compreensão mais aprofundada da transferência. No vigésimo segundo módulo, o Seminário 22 é explorado em sua proposição do não-todo como lógica do inconsciente e suas consequências para a clínica. O vigésimo terceiro módulo é dedicado ao Seminário 23, onde a teoria do sinthoma ganha força como resposta singular do sujeito ao real. Por fim, o vigésimo quarto módulo encerra o curso com uma análise da clínica contemporânea e das novas formas de sintoma, considerando a teoria do Outro que não existe e as implicações do declínio do Nome-do-Pai.

Este percurso formativo possibilita um aprofundamento rigoroso da obra de Lacan, estruturando uma formação que articula teoria e clínica de maneira progressiva. O curso visa não apenas à transmissão dos conceitos fundamentais, mas também à formação de uma escuta psicanalítica baseada na materialidade do significante e na lógica do desejo. Com isso, pretende-se que os participantes desenvolvam uma compreensão refinada da psicanálise lacaniana, sendo capazes de operar com os conceitos em sua prática clínica, sem reduzir a psicanálise a um saber fechado ou dogmático, mas mantendo viva a aposta na experiência do inconsciente.

1- Os Escritos de Lacan

2- O Retorno a Freud: A Estrutura da Psicanálise – O projeto de Lacan e o resgate da obra freudiana.

3- O Seminário 1 – Técnica Psicanalítica e Transferência – O inconsciente estruturado como linguagem.

4- O Seminário 2 – O Eu e a Alienação Imaginária – A crítica à Psicologia do Ego e a primazia do simbólico.

5- O Seminário 3 – A Psicose e o Nome-do-Pai – A clínica diferencial entre neurose e psicose.

6- O Seminário 4 – O Objeto a e a Lógica do Desejo – Primeiras formulações do objeto a e da estrutura do desejo

7- O Seminário 5 – O Significante e a Formação do Sujeito – O sujeito do inconsciente e a cadeia significante.

8- O Seminário 6 – O Desejo e sua Interpretação – A clínica do desejo e sua relação com a castração.

9- Seminário 7 – A Ética da Psicanálise – O desejo como operador ético e o gozo como limite da análise.

10- O Seminário 8 – O Amor e a Dialética do Desejo – O lugar do amor na clínica e sua relação com o desejo.

11- O Seminário 9 – A Identificação e a Estruturação do Sujeito – A lógica das identificações e o eu imaginário.

12- O Seminário 10 – A Angústia e o Objeto a – A função da angústia e a estrutura do gozo.

13- O Seminário 11 – Os Quatro Conceitos Fundamentais da Psicanálise – Inconsciente, repetição, transferência e pulsão.

14- O Seminário 12 – A Clínica da Repetição – A repetição e suas manifestações no sintoma.

15- O Seminário 13 – O Real e a Escrita do Inconsciente – O simbólico em crise e a função da escrita.

16- O Seminário 14 – A Lógica da Fantasia e sua Clínica – A estrutura do fantasma e sua função na análise.

17- O Seminário 15 – O Significante e o Gozo – A linguagem e a constituição do gozo na clínica.

18- O Seminário 16 – Do Outro ao Sujeito Barrado – O discurso capitalista e a função do Outro.

19- O Seminário 17 – O Discurso do Analista e a Clínica das Estruturas – Os quatro discursos e suas implicações.

20- O Seminário 18 – A Clínica do Não-Todo e da Mulher – O gozo feminino e suas implicações na clínica.

21- O Seminário 19 – O Sinthoma e a Clínica Borromeana – O real na clínica e sua articulação com o nó borromeano.

22- O Seminário 20 – O Gozo e a Lalangue – A materialidade do significante e suas consequências clínicas.

23- O Seminário 21 – O Gozo do Outro e o Sujeito na Análise – A relação entre desejo e gozo na transferência.

24- O Seminário 22 – O Não-Todo e a Nova Clínica Psicanalítica – As novas formas do sintoma e do gozo na contemporaneidade.

25- O Seminário 23 – A Clínica do Sintoma na Era do Outro que Não Existe – O sinthoma como resposta singular do sujeito.

SUPERVISÃO AOS ALUNOS DE FORMAÇÃO EM PSICANÁLISE DA ESCOLA ABERTA DO INCONSCIENTE

A supervisão clínica e teórica da Escola Aberta do Inconsciente é um dos pilares fundamentais da formação em psicanálise, sendo oferecida de forma contínua e já incluída no curso, garantindo um acompanhamento rigoroso e enriquecedor ao longo de toda a trajetória do estudante. Com um modelo didático que privilegia a troca e a construção coletiva do saber, a supervisão ocorre em encontros mensais, nos quais os participantes têm a oportunidade de trazer casos clínicos, questões teóricas e impasses da prática para serem discutidos em um ambiente que estimula a escuta atenta e o pensamento crítico. Esse espaço é coordenado por psicanalistas experientes que, longe de oferecerem respostas prontas ou protocolos de conduta, promovem uma interlocução que permite ao estudante elaborar suas próprias questões e sustentar sua posição enquanto analista em formação.

A operacionalidade da supervisão segue a lógica da implicação subjetiva, ou seja, não se trata apenas de uma análise de casos do ponto de vista técnico, mas de um espaço onde o futuro analista pode trabalhar suas dificuldades, ampliar seu olhar sobre a clínica e desenvolver uma postura ética na condução do tratamento de seus pacientes. Além disso, a supervisão não é restrita a um único viés teórico, permitindo que diferentes abordagens da psicanálise sejam consideradas e debatidas. Isso possibilita ao estudante transitar entre perspectivas diversas, compreendendo as múltiplas leituras possíveis de um caso sem se prender a interpretações rígidas ou esquemas preestabelecidos. A pluralidade teórica e clínica da supervisão reflete a própria metodologia da Escola Aberta do Inconsciente, que aposta em uma formação dinâmica e não dogmática, na qual a transmissão da psicanálise se dá por meio da experiência e da construção de um saber vivo e sempre em movimento.

Ao integrar a supervisão como parte essencial do percurso formativo, a Escola Aberta do Inconsciente reafirma seu compromisso com a qualidade da formação de seus alunos, garantindo que o aprendizado não se limite à teoria, mas inclua a experiência real da clínica e a elaboração contínua do lugar do analista. Com isso, a supervisão torna-se não apenas um recurso didático, mas uma instância fundamental para que o estudante possa avançar em sua formação, enfrentar os desafios do exercício clínico e sustentar sua prática com segurança e responsabilidade, sempre ancorado no desejo de saber e na ética da psicanálise.

TRÊS ENCONTROS MENSAIS COM TEMÁTICAS METAPSICOLÓGICAS DAS VÁRIAS LINHAS E ABORDAGENS PSICANALÍTICAS

Os três encontros mensais com temáticas metapsicológicas das várias linhas e abordagens psicanalíticas integram a estrutura metodológica do curso de formação em psicanálise da Escola Aberta do Inconsciente, proporcionando um espaço contínuo de estudo, reflexão e aprofundamento teórico. A proposta desses encontros é garantir que o estudante tenha contato com a diversidade do pensamento psicanalítico, transitando por diferentes correntes e perspectivas, sem se limitar a um único referencial. Cada encontro é estruturado para promover uma discussão aprofundada sobre conceitos fundamentais da metapsicologia, abordando questões teóricas e clínicas a partir das contribuições de Freud, Lacan e de outros autores que marcaram o desenvolvimento da psicanálise ao longo do tempo.

A metodologia adotada nesses encontros valoriza a interlocução e o pensamento crítico, permitindo que os participantes analisem e discutam os conceitos a partir de múltiplas leituras e de sua relação com a prática clínica. Os temas trabalhados abrangem desde os fundamentos freudianos da metapsicologia até desdobramentos contemporâneos, incluindo perspectivas que dialogam com a filosofia, a antropologia e a literatura. Dessa forma, cada encontro se configura como um espaço de transmissão no qual o saber psicanalítico é articulado à experiência e à escuta, possibilitando uma formação que não se restringe a um aprendizado teórico, mas que envolve o aluno na construção ativa de sua própria leitura e compreensão da psicanálise.

A diversidade teórica presente nesses encontros permite que os participantes desenvolvam um olhar mais amplo sobre a psicanálise, compreendendo as especificidades de cada abordagem e suas implicações clínicas. A Escola Aberta do Inconsciente aposta em uma metodologia que incentiva a autonomia do estudante, respeitando seu percurso singular e promovendo um espaço no qual o conhecimento se constrói a partir da interlocução, da troca e do desejo de saber. Dessa forma, esses encontros não apenas ampliam o repertório teórico dos participantes, mas também os preparam para sustentar uma prática analítica fundamentada, crítica e em constante movimento.

VALORES:
  • R$ 290,00 (duzentos e noventa reais) mensais, até o dia 10 de cada mês, pelo prazo de 25 meses consecutivos.

EM SÍNTESE:
  • 3 encontros mensais com temáticas metapsicológicas (1 por semana, às terças feiras, das 20 às 22 h);

  • 25 seminários clínicos (1 por mês, aos sábados, das 8 às 12 h);

  • 1 supervisão mensal (1 terça feira por mês, em grupo, com apresentação de 3 casos clínicos, das 20 ás 23 h).

  • de 200 h de cursos extra gravados.

  • CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO DE FORMAÇÃO: 625 H

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